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Perfeitamente ridículo.

Quinta-feira, 30.10.14

Acho tão ridícula esta história de o MInistro da Defesa andar a dizer que andamos a "interceptar aviões militares russos" como o foi há cem anos a captura dos navios alemães que estavam pacificamente no porto de Lisboa. O problema é que é com estas bravatas que nós nos metemos em guerras a que somos totalmente alheios. Por isso, preparemo-nos para cantar: "Contra os russos, marchar, marchar".

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publicado por Luís Menezes Leitão às 20:05

Viagem à irrealidade quotidiana.

Terça-feira, 14.10.14

Cavaco Silva devia estar em Belém, preocupado em arranjar uma solução que acabasse com o penoso espectáculo que todos os dias este Governo exibe. Agora, depois do caos criado na justiça e na educação, o Governo resolveu chamar parvos a todos os portugueses, prometendo uma baixa de impostos, a ser realizada pelo governo seguinte. Por muito menos que isto Sampaio terminou com o governo de Santana Lopes, que não tinha feito um décimo dos disparates deste. Mas Cavaco não liga nenhuma ao que se passa com o governo, preferindo deslocações ao interior, onde mostra triunfante os poucos exemplares que por milagre ainda lá resistem, depois de o Estado ter desaparecido do seu território. Fazendo mais uma dessas suas viagens de pesquisa, desta vez a Vale de Cambra, Cavaco resolveu puxar as orelhas ao Primeiro-Ministro e à Ministra das Finanças por terem confessado que os contribuintes afinal iriam suportar prejuízos com o Novo Banco. Para Cavaco, trata-se de uma coisa completamente errada. Não faz sentido dizer-se que "que pela via da redução dos lucros da CGD, os contribuintes podem vir a suportar custos pela resolução do BES". Lucros, Senhor Presidente? Por acaso já olhou para os custos da intervenção no BES? Se a CGD, para poder absorver o BPN, teve que realizar um aumento de capital, que o Estado subscreveu integralmente, como é que, apenas com os seus lucros, pode pagar as dívidas ao Fundo de Resolução? É melhor parar com as viagens ao interior bucólico e pacífico e olhar um pouco mais para o que de facto se passa no centro do furacão que atingiu o sistema financeiro.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 07:25

A palavra.

Quinta-feira, 09.10.14

 

Um dos factos que mais contribui para o desastre em que o nosso país foi colocado, é a falta de respeito dos políticos pela sua própria palavra. Para uma pessoa séria, a sua palavra vale mais que dinheiro no banco. Para os políticos, no entanto, a sua palavra de nada vale, e aceitam mesmo fazer tristes figuras em público para renegar essa palavra. É assim que os mesmos deputados do PS que apresentaram um projecto de reforma do sistema político, porque António José Seguro o decidiu, são capazes de o retirar porque António Costa pediu. Bem fez por isso António José Seguro em abandonar este parlamento, onde de facto não estaria a fazer nada.

 

Já Nuno Crato é, porém, um caso mais sério. Desde o primeiro momento, em que até se mostrou capaz de revogar prémios já atribuídos aos alunos, conforme critiquei aqui, que me parece uma pessoa sem as mínimas condições para ser governante. Um governante sério cumpre o que está decidido, permitindo às pessoas ter confiança no Estado. Já Nuno Crato diz uma coisa e faz outra, dando a seguir o dito por não dito. Quando utiliza os tempos verbais do "mantêm-se" ou "manter-se-ão" para renegar uma promessa feita a professores lesados, mostra ser alguém sem o mínimo respeito pelas pessoas que tem sob a sua tutela. E isso é muito mais grave que o caos que causou na colocação de professores.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 07:28

Um bom começo.

Quarta-feira, 08.10.14

 Quando vi o disparate da solução encontrada para o BES, tive a certeza de que o resultado final ainda haveria de ser pior para os contribuintes do que foi o BPN. Efectivamente, não só o Novo Banco representa uma marca sem valor algum, como também os accionistas não deixarão de accionar o Estado pelo confisco dos activos do seu banco, por muitos apelos que surjam a que não o façam. A conta será por isso sempre paga pelos contribuintes.

Muita gente não quis, no entanto, ver o óbvio, e chegaram a acusar-me de ser homem de pouca fé, incapaz de crer na milagrosa solução encontrada pelo Ministério das Finanças e pelo Banco de Portugal. E continuaram a acreditar nos gloriosos amanhãs que cantam para o Novo Banco, mesmo depois da debandada geral da anterior administração. Mas agora até a profeta Maria Luís Albuquerque, que inicialmente tinha garantido não haver custo nenhum para o erário público, já veio afinal reconhecer o que deveria ter dito desde o início: que esta intervenção pode ter custos para os contribuintes. É um bom começo. Agora só falta confessar o restante: quanto é que vai ser a conta que os contribuintes vão pagar. Porque suspeito que os limites do défice e da dívida vão ser tão arrasados que a intervenção no BPN vai parecer peanuts.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 18:34





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