Um homem à frente do seu tempo.
Não há ninguém que possa ultrapassar Marcelo Rebelo de Sousa. Ele está sempre à frente do próprio tempo. Já avisou que o governo já tem uma equipa pronta para tomar conta da Raríssimas. O governo, que pelos vistos ainda não sabe do assunto, diz que não comenta. O presidente da mesa da instituição, que vai convocar uma assembleia geral para eleger a nova direcção, também pelos vistos não foi informado. Mas Marcelo, que tudo sabe e tudo faz, já informou que há uma nova equipa para gerir a instituição. Só falta o resto do mundo descobrir qual é.
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Um ano particularmente saboroso.
Agora António Costa resolveu declarar que o ano de 2017 foi particularmente saboroso para Portugal. Depois dos 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande em Junho, a que se somaram os 45 mortos do incêndio da Lousã em Outubro, sem que nenhuma destas famílias tenha recebido até agora um cêntimo de indemnização, mas antes se tenha defrontado com uma teia de burocracias, segredos e impunidades em que o Estado é fértil, só faltava mesmo que o Primeiro-Ministro viesse avaliar assim o ano. Mas as suas declarações não espantam ninguém. Depois de António Costa ter avisado que só podiam esperar que ele se risse, quando lhe sugeriram que demitisse a sua Ministra depois dos fogos, está à vista a sua insensibilidade para o estado do país. E no fundo tem razão. Como o governo não quer saber do país para nada, para o governo na verdade 2017 foi um ano particularmente saboroso. Já para o resto do país foi um ano particularmente amargo.