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O governo europeu da Senhora Merkel.

Terça-feira, 06.09.11

Para mal dos nossos pecados, a Senhora Merkel, que apenas os alemães elegeram para mandar no seu país e se preparam para rapidamente despedir, conseguiu por abstenção dos outros líderes europeus mandar em toda a Europa. O seu poder sobre os outros Estados é de tal ordem que até o Primeiro-Ministro Passos Coelho consegue numa visita a Berlim desdizer tudo o que Portugal até agora tinha dito sobre eurobonds, deixando até perplexo Felipe González.

 

A Senhora Merkel acaba, porém, de reconhecer que o euro começa a estar em risco e que a previsível saída da Grécia terá um efeito dominó perigoso. Efectivamente, depois da Grécia seguir-se-á Portugal, Irlanda, e provavelmente Espanha e Itália. A questão é que os tratados nem sequer prevêem a saída de nenhum país do euro, mas apenas a saída da própria União Europeia. É por isso manifesto que o descalabro do euro acarretará o desmoronar da União Europeia, pois não pode a liberdade de circulação de mercadorias continuar a existir se os vários países europeus começarem a competir entre si, desvalorizando as respectivas moedas. Os países do Norte criarão imediatamente barreiras alfandegárias à circulação das mercadorias oriundas dos países do Sul.

 

Aí está como o governo europeu da Senhora Merkel, a que foi conduzida como resultado da omissão dos órgãos da União Europeia, corre o risco de levar ao desmoronar da própria União Europeia. Helmut Kohl já avisou.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 06:27


1 comentário

De Ricardo Vicente a 06.09.2011 às 08:23

É verdade: sair do Euro é mais do que meio caminho andado para sair da União. E um país que saia da União abre uma perigosíssima caixa de Pandora. Mas eu não acredito que a Grécia saia do Euro: isso seria demasiado mau para os gregos e para os alemães. A Alemanha não pode permitir que os seus mercados de exportação passem a ter moeda própria e que se volte ao tempo das desvalorizações competitivas. Nem todos os empresários alemães nem a opinião pública alemã (nem sequer boa parte da intelectualidade blogosférica portuguesa de DIREITA) percebe isto mas a verdade é que a Alemanha é o país que mais beneficia com o Euro e que mais perderá com a sua derrocada. Mas anyway tudo pode acontecer: se até a direita alemã já anuiu em fechar TODAS as centrais nucleares até 2022, pode ser também que, pela pressão da opinião pública, eles acabem por aceitar o fim do Euro.

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