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A fantochada da Venezuela.

Domingo, 13.08.17

Acho que não houve ninguém que tenha descrito melhor o golpismo numa república sul-americana do que Hergé, com a sua inesquecível figura do General Tapioca. Mas a Venezuela chegou a um estado tal, com aquela assembleia constituinte, que já nem Hergé a conseguiria descrever num dos seus álbuns. Na verdade a tal "assembleia constituinte" deveria elaborar uma nova constituição, mas faz tudo menos isso, estando antes preocupada em legitimar a todo o custo a ditadura de Maduro. É assim que primeiro destitui a procuradora-geral do país e agora pretende alterar o calendário eleitoral das eleições regionais, antecipando-o em relação a uma data já marcada e com a qual os partidos já contavam. Mas o curioso é que o faz por unanimidade (!). Ou seja, naqueles 545 pseudo-deputados dessa pseudo-assembleia constituinte não se encontra uma única alminha que discorde das propostas que lá são apresentadas. Chamar-lhe assembleia de fantoches seria mais adequado. E, sinceramente, quando é que esta fantochada na Venezuela irá terminar?

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publicado por Luís Menezes Leitão às 08:19


4 comentários

De Anónimo a 14.08.2017 às 09:32

caso não saiba, as eleições para a constituinte foram marcada à revelia da constituição, que obriga a um referendo prévio para se aferir da vontade dos eleitores em eleger uma assembleia constituinte. (sim houve uma espécie de referendo, mas foi a oposição que o convocou, que não teve efeitos práticos, mas em que a grande maioria discordava das alterações à constituição).
Caso não saiba, os partidos da oposição não se candidataram, porque as regras fixadas por Maduro impediam candidatos dos partidos. Quando não faltavam candidatos ligados ao PSUV (partido do Poder) incluindo a mulher e o filho de Maduro (convenhamos que não devem ser os candidatos mais independentes...

Vai-me dizer que, no meio de tantos candidatos eleitos, supostamente independentes dos partidos políticos, todos aprovaram por unanimidade destituir a procuradora-geral (que ainda ia fazendo frente a decisões do Partido do Poder) e marcar novas eleições regionais fora do calendário definido, sem qualquer abstenção ou voto contra... 500 e tal deputados pensaram todos da mesma forma... estranho, para quem supostamente seria independente dos partidos.

A democracia tem regras, e têm que ser respeitadas... quando uma pessoa ou um partido querem alterar as regras para impedir que outros possam decidir, com ideias diferentes das suas........... convenhamos, é de Ditadura que estamos a falar.

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