A guerra na Europa.

Num só dia tivemos um atentado em Berlim, outro atentado em Zurique e o assassinato do embaixador russo em Ancara por parte de um polícia turco, que gritou vivas a Alepo, cidade que acaba de ser reconquistada ao Estado Islâmico pelas forças governamentais sírias, com o apoio da Rússia. É manifesto que estamos perante uma verdadeira guerra no terreno, de que o conflito sírio é apenas um balão de ensaio, assim como a guerra civil espanhola, que precedeu a II Guerra Mundial. A Europa encontra-se neste momento ocupada por verdadeiras quintas-colunas, onde o inimigo pode estar à espreita em qualquer canto, podendo ser o motorista do camião que circula na estrada ou até mesmo um agente de autoridade, preparados para a qualquer momento lançar o ataque. Precisamente por isso a Europa tem que deixar de enfiar a cabeça na areia como a avestruz e preparar-se para se defender, até porque a América já não vai estar disponível para financiar a sua defesa. É mais que tempo de a Europa perceber que enfrenta uma guerra no seu território e mobilizar-se para combater. Porque não haja ilusões: se a guerra põe naturalmente em risco o bem-estar dos europeus, nada fazer perante a guerra será seguramente muito pior.
