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Jorge Gomes ou o optimismo.

Terça-feira, 29.08.17

Nem Voltaire, que se lembrou de colocar o seu Candide em Lisboa aquando do terramoto de 1755, se resolvesse escrever sobre a tragédia dos incêndios de 2017, conseguiria ilustrar o seu romance com alguém tão optimista como Jorge Gomes. De facto a personagem Pangloss não lhe chega aos calcanhares. Que há a dizer perante alguém que refere que comeu belíssimas refeições no teatro de operações? Reconhecer que de facto, nos dizeres do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa já conseguiu contagiar todo o governo com o seu optimismo crónico e às vezes um pouco irritante. Não se preocupam se a tragédia alastra. Pelo menos come-se bem.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 19:56

Isto está perigoso.

Terça-feira, 29.08.17

A notícia de que a Coreia do Norte acaba de lançar um míssil (felizmente não armado) sobre o Japão é a confirmação do agravamento da tensão internacional na região, motivado pela estupidez de Trump. Qualquer pessoa inteligente percebe que o que não tem remédio remediado está e a Coreia do Norte há muito que constitui um Estado pária, completamente à margem do actual sistema internacional, que por isso pode ser ignorado, mas que é um autêntico suicídio tentar combater.

 

Contra a Coreia do Norte não servem condenações internacionais, e muito menos por resolução das Nações Unidas. A Coreia do Norte é o único país do mundo que travou com sucesso uma guerra contra as Nações Unidas, da qual não saiu derrotada. Por isso pode dar-se ao luxo de ignorar tudo o que na ONU se diga, limitando-se a qualificar as sua resoluções como uma nova declaração de guerra. E por isso as ameaças dos EUA são absolutamente irrelevantes para Pyongyang, de nada servindo os disparates que Trump tem vindo a dizer. Ou melhor, podem servir para lançar um mar de chamas sobre Seul, Tóquio e até Guam.

 

Steve Bannon, o estratega principal da eleição de Trump viu isso muito bem quando afirmou o seguinte: "Até que alguém resolva a parte da equação que mostra que 10 milhões de pessoas morrerão em Seul nos primeiros 30 minutos pelo uso de armas convencionais, eu não sei do que estão a falar, não há solução militar aqui. Eles apanharam-nos". Logo a seguir a estas declarações Trump demitiu Steve Bannon. Mais uma vez se demonstra, como no Frankenstein, que é muito fácil a criatura rebelar-se contra o criador. O pior é que isso pode provocar uma catástrofes de dimensões imprevistas. O mundo já tem um louco na Coreia da Norte. Só lhe faltava um monstro de Frankenstein na Casa Branca.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 07:18

Boa escolha!

Terça-feira, 15.08.17

Se há coisa que me espanta na política portuguesa, é a facilidade com que os nossos políticos deixam de se dar ao respeito e alinham nas coisas mais inacreditáveis apenas para ganhar um punhado de votos. Esta candidatura de Ágata à Câmara Municipal de Castanheira de Pêra é a demonstração eloquente de tudo o que não deve ser feito na política, como o jornal i bem demonstrou nesta excelente entrevista. A candidata informa à saciedade que nada percebe desta (ou se calhar de qualquer outra) autarquia e que nem sequer se identifica com a lista apoiada pelo CDS que a convidou para número 2, uma vez que confessa que aceitaria um convite de qualquer outra lista. Parece haver aqui um manifesto erro, quer de quem a convidou, quer da própria ao aceitar o convite. Era melhor ter respondido como Groucho Marx, que sempre declarou que nunca aceitaria fazer parte de um clube que tivesse o descaramento de o aceitar como sócio. Se qualquer cantora pode ser autarca, está demonstrado o estado a que chegaram as nossas autarquias. E a culpa é seguramente de quem trata desta forma as candidaturas autárquicas.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 16:53

A fantochada da Venezuela.

Domingo, 13.08.17

Acho que não houve ninguém que tenha descrito melhor o golpismo numa república sul-americana do que Hergé, com a sua inesquecível figura do General Tapioca. Mas a Venezuela chegou a um estado tal, com aquela assembleia constituinte, que já nem Hergé a conseguiria descrever num dos seus álbuns. Na verdade a tal "assembleia constituinte" deveria elaborar uma nova constituição, mas faz tudo menos isso, estando antes preocupada em legitimar a todo o custo a ditadura de Maduro. É assim que primeiro destitui a procuradora-geral do país e agora pretende alterar o calendário eleitoral das eleições regionais, antecipando-o em relação a uma data já marcada e com a qual os partidos já contavam. Mas o curioso é que o faz por unanimidade (!). Ou seja, naqueles 545 pseudo-deputados dessa pseudo-assembleia constituinte não se encontra uma única alminha que discorde das propostas que lá são apresentadas. Chamar-lhe assembleia de fantoches seria mais adequado. E, sinceramente, quando é que esta fantochada na Venezuela irá terminar?

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publicado por Luís Menezes Leitão às 08:19





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