Um desastre.
Enganaram-se os loucos do Eurogrupo que aprovaram este confisco, julgando que bastava fazer umas declarações de que a medida seria excepcional e apenas aplicável a Chipre para que nada mais se passasse. O argumento de que se visava punir apenas os depositantes russos não convence ninguém quando se vê aqui que os depósitos de estrangeiros correspondem a menos de 1/3 do total de depósitos existente em Chipre. O que se passou foi que os países do Norte estão cansados de resgatar os países do Sul e só conseguem vender esses resgates às suas opiniões públicas se os mesmos foram acompanhados de dolorosas punições para esses países. Por isso é que o resgate a Chipre ainda é mais doloroso que os outros resgates já realizados à Grécia, Irlanda e Portugal. Mas neste momento, as opiniões públicas já perceberam que não faz sentido continuar nesta deriva louca. Como bem diz Richard Quest, ninguém pode subestimar a capacidade da União Europeia em dar um tiro nos dois pés. Estou convencido que depois de Chipre esta União Europeia já não tem pernas para andar.