A verdadeira defesa do Estado de Direito.
Enquanto que tanta gente, na Europa e até em Portugal, olha para o lado perante a brutal prisão dos independentistas catalães, em Espanha a associação Jueces per la Democracia, constituída em 1983 para criar uma verdadeira justiça democrática na Espanha saída do franquismo, critica a decisão da juíza Carmen Lamela e avisa que a mera aplicação das leis não vai resolver o problema na Catalunha, apelando a uma solução política da questão.
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Democracia em Espanha.
Como bem diz o Stephen Colbert, não há democracia mais autêntica do que aquela em que são convocadas eleições, ao mesmo tempo que se põe na prisão aqueles que o povo elegeu.
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À atenção dos apoiantes portugueses do governo de Madrid.
Já começa a haver gente em Espanha que, embalada pela aplicação do art. 155, anda a propor a anexação de Portugal. Nada de novo. O outro galego também tinha um plano para o fazer. Por isso é que eu sempre achei que a independência da Catalunha só favoreceria Portugal, libertando-nos de vez do complexo espanholista de unificação da península ibérica.
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Uma nota de humorismo.
Como de lá fora se olha para a balcanização da Espanha.
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Homens de negro fora de Espanha.
Ficamos a saber pela boca do Ministro Espanhol das Finanças que os "homens de negro" não irão resgatar Espanha. Pode dizer-se que os espanhóis têm a mania das grandezas. Enquanto os portugueses, nas palavras de Miguel Sousa Tavares, têm apenas uma troika composta por um careca, um alemão e um etíope, os espanhóis acham que vão ter os Men in Black em pessoa. Provavelmente devem achar que a situação de desastre em que a sua economia caiu só pode ser devida a uma invasão extraterrestre. E, sendo assim, apenas os Homens de Negro os poderão salvar. Estou convencido de que esta se arrisca a ser a frase do ano de 2012. Mas Passos Coelho, com a sua frase de que "os portugueses já não estão perante o abismo" é também um forte candidato. Pelo menos já conseguiu que a Imprensa Falsa publicasse pela primeira vez um título verdadeiro.
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De resgate em resgate, com a Europa a passo de caracol.
Tendo estado na semana passada em Hamburgo, fiquei com a óbvia conclusão de que os alemães estão a esgotar a sua paciência para os sucessivos resgates que os países europeus estão sistematicamente a exigir para salvar os seus bancos. Na primeira página de um jornal podia ler-se "Espanha vai precisar de um resgate. Quem paga a conta?". Agora pelos vistos, não são apenas os espanhóis que já se conformaram com o resgate, como Chipre também se assume como mais um óbvio candidato. O motivo é sempre o mesmo: recapitalizar a banca. A Grécia ainda não declarou a bancarrota e a crise já varre a Europa como um tsunami. Espere-se para ver o que será depois da bancarrota grega que, com ou sem o Syriza no governo, parece inevitável.
Em qualquer caso, está à vista a total ineficiência das instituições europeias nesta época de crise. Multiplicam-se inúmeras cimeiras europeias, mas nunca se chega a solução alguma para este problema. Está à vista que o euro se vai afundar, enquanto a Europa continua a passo de caracol.