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A saída da Alemanha do euro.

Sábado, 18.07.15

 

Num texto mais abaixo, o Sérgio Almeida Correia cita um autor a defender a saída da Alemanha do euro. Essa hipótese já tem barbas, sendo desde 2013 defendida na Alemanha pelo partido Alternativ für Deutschland. Há, por isso, um forte receio que um dia os alemães se fartem mesmo da irresponsabilidade orçamental dos países do Sul e abandonem o euro.

 

É por isso que para aliviar consciências se sugere que seria bom para o euro a saída da Alemanha, uma vez que levaria a uma depreciação da moeda europeia, que hoje é considerada demasiado forte para os países do Sul. Só que as consequências económicas do Germanexit seriam desastrosas, fazendo o Grexit parecer uma brincadeira de crianças. Basta ver que a Alemanha é a quarta economia do mundo e, se esta abandonasse a zona euro, a moeda perderia o seu principal sustentáculo, desencadeando uma forte apreciação do novo marco e uma inflação geral em toda a zona euro sobrante. Por isso, os restantes países do Norte sairiam também a correr da moeda única, que se transformaria assim na moeda descredibilizada do Sul da Europa, aumentando ainda mais a inflação nessa zona. Enquanto que o Grexit geraria inflação apenas na Grécia, o Germanexit provocaria uma inflação galopante em todos os outros países que permanecessem no euro.

 

Um dia assisti a uma conferência de um professor de economia em Dublin sobre as dificuldades que a Irlanda tinha com o euro, defendendo ele, porém, que, apesar disso, se devia manter na moeda única. Pedi-lhe então que contemplasse a hipótese de ser a Alemanha a decidir abandonar o euro. A resposta dele foi elucidativa. Simplesmente, benzeu-se.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 12:08


3 comentários

De Manuel a 19.07.2015 às 14:09

Eu até gostava que a Alemanha saísse do Euro, assim poderia fazer férias bastante econômicas em Portugal.
Quem faz dividas, tem de as pagar, eu não fiz as dividas de Portugal por isso vim embora...
Quanto aos Gregos não tenho pena nenhuma porque após 5 anos conseguiram ficar piores do que estavam. Não é preciso ser muito inteligente para perceber se outros conseguiram porque é que os Gregos não conseguiram...
Para não fugir ao tema, fica o meu comentário por aqui...
Peçam para a Alemanha sair do Euro e outros acompanharam a Alemanha e depois vamos ver o que acontece a Portugal.
Cumprimentos.
Manuel Fonseca

De Yaca a 19.07.2015 às 18:29

Os outros que conseguiram? Quem são eles? Mesmo com empréstimos do FMI os países continuam a ter uma divida externa sempre a aumentar. Veja-se o caso de Portugal as exportações são sempre inferiores ás importações. Onde estão os grandes investidores? Dizia-se que era por causa das laborais, elas foram modificadas. Qual é o resultado?

De Manuel a 19.07.2015 às 21:43

Caro Yaca,

A República da Irlanda está a crescer sem grandes dificuldades. Trabalhei recentemente lá e posso dizer em primeira pessoa que crise já não é palavra que se aplique de forma generalizada na Irlanda. Neste momento trabalho noutro país da zona Euro com uma qualidade de vida muito (mesmo muito) superior a Portugal.
Portugal nem está assim tão mau (comparando com a Grécia). :) Portugal tem uma qualidade de saúde ou educação superior a outros países da zona Euro (Polônia, Romênia, Republica Checa, entre outros).
Nota: Muitos dos países da zona Euro têm aumentado a sua divida externa (Itália, França, Espanha, entre outros), o problema está é em ter condições de a pagar e Portugal continua a não criar riqueza para a poder pagar e não é culpa só do governo ou dos seus governantes mas é também dos administradores das empresas que são uns autênticos incompetentes.
Não se fazem omeletes sem ovos. Sem empreendedores competentes, que realmente apostem nos seus funcionários em vez de automóveis ou viagens ou outra coisa do gênero, talvez daqui por umas décadas Portugal possa voltar a ser um bom país para se trabalhar. Neste momento, só mesmo para passar férias e vamos lá ver durante quanto tempo...
Cumprimentos

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