A votação da eutanásia.
Rui Rio começa a ter um problema semelhante ao que Freitas do Amaral teve no CDS. Este não gostava do eleitorado que tinha e em consequência esse eleitorado deixou de se rever nele. Com excepção dos líricos do costume, os deputados do PSD demonstraram na votação da eutanásia saber perfeitamente quem são os seus eleitores. O PCP, para escândalo geral da esquerda folclórica, também há muito o percebeu.
Autoria e outros dados (tags, etc)
3 comentários
De Anónimo a 30.05.2018 às 20:58
"Os extremos tocam-se"
De Orlando Teixeira a 31.05.2018 às 15:56
Na sua arrogância, a maioria destes deputados do PSD não fazem a mínima ideia de quem são os seus eleitores, que se dividem entre os que são mais de direita, mas que não se revém no CDS; os de centro, que recusam os vizinhos CDS e PS; e os de esquerda, que não se revém no PS.
Nessa arrogância, olham para as suas origens e para o seu passado, e julgam que os seus eleitores residem nos retornados das colónias.
Mais do que ter sido assaltado por uma fúria neo-liberal, o PSD foi assaltado por gente que nasceu e/ou viveu nas colónias, e tem a democracia atravessada na garganta, culpando-a de todos os males que os atingiram.
Quem tem dúvidas, basta pesquisar as origens dos deputados do PSD.
Assim se percebe o manifesto ódio para com o PS, como a forma como qualificam o PC e o BE, coisa impensável na matriz do PSD.
Só assim se compreende a raiva incontida e expressa pelo deputado Montenegro (que ainda não percebi se tem vergonha do pai, se é tão vaidoso que optou por adoptar o apelido da mãe por Montenegro ser mais elitista. E isto também diz muito de quem são os actuais deputados do PSD) contra o seu líder, mais um dos malandros esquerdistas que estiveram do lado dessa coisa horrorosa que foi a revolução de Abril.
Antes que seja tarde, urge ao PSD recolocar o PSD na sua matriz ideológica, afastando de vez quem usa o PSD para tentar devolver o País aos tempos anteriores a Abril.
Este PSD é uma gritante ofensa a gente que deu a sua vida pela democracia e fundou o PSD, como Francisco Sá Carneiro, Emídio Guerreiro, Magalhães Mota, Mota Pinto e tantos outros.
Ainda é tempo para que as eleições que rapidamente se avizinham não sejam perdidas e o presente passeio pelo deserto não se acentue, sobretudo agora, quando já se percebeu que este PC não abandona os acordos que assina, ao contrário do que pensaram.
A esquerda pode ser folclórica, mas é poder, coisa que continuando neste trilho não se prevê que venham a ser tão cedo. Até o CDS da retornada Cristas os vai ultrapassar, tão baixas são as intenções de votos para este PSD.
Convido-o a reflectir sobre tudo isto.