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Mais um tiro no pé.

Terça-feira, 07.05.19

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Está explicada a proximidade de Rui Rio com António Costa e o alinhamento que tem tido com este governo. Já sabemos também que o actual PSD pretende passar a ser a muleta do PS. Não venham é dizer que isto é o pensamento de Sá Carneiro. Sá Carneiro, num período em que a direita era fortemente atacada, quis demonstrar que a mesma podia ser governo. Fez uma coligação com esse propósito e chegou a primeiro-ministro. Rui Rio com estas declarações cada vez mais se afasta desse objectivo. O problema é que parece que não lhe faltam balas para continuar a dar tiros nos pés.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 09:55

A tourada.

Quinta-feira, 15.11.18

Em 1973 mandámos ao festival da eurovisão esta canção, demonstrando bem como o governo de então estava a ser visto pelo país. Se olharmos bem para a letra, apesar de terem passado 45 anos, acho que a actual situação não é muito diferente. Neste dia, em que o governo e o grupo parlamentar do partido que o apoia se envolveram numa verdadeira tourada, acho que é adequado recordar esta canção.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 20:38

Obrigado, Santana Lopes.

Segunda-feira, 27.08.18

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Pela segunda vez o PS vai agradecer a maioria absoluta que lhe proporcionou. Merece desde já ser feito militante honorário, uma vez que faz mais pelo resultado eleitoral do partido do que qualquer líder do PS.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 08:18

A saída de Henrique Neto do PS.

Sexta-feira, 21.07.17

Tendo participado num jantar destinado a ouvir a opinião de Rui Rio sobre a actual situação política, estive sentado ao lado de Henrique Neto e tivemos ocasião de conversar sobre o estado do país. Percebi logo que o seu posicionamento estava muito longe do actual PS e que a ruptura seria inevitável. Que ela tenha ocorrido nesta semana não é de espantar. Quando o PS e o Bloco, quais gémeos siameses, queriam fazer arrendar à força as florestas dos pequenos proprietários, recebendo as rendas sem pagar qualquer indemnização aos donos, e só foram impedidos de o fazer pelo PCP está tudo dito. O PS de Costa nada tem a ver com o que era de Soares, de Guterres e de Seguro, sendo hoje um partido radical de extrema-esquerda estilo Venezuela, sem qualquer respeito pelos direitos fundamentais das pessoas. É por isso mais que altura de haver uma clarificação sobre quais são os seus militantes que se revêem nesta política. Henrique Neto teve a coragem de dar o primeiro passo. Onde estão os outros militantes tradicionais do PS?

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publicado por Luís Menezes Leitão às 19:03

O novo menino de ouro do PS.

Domingo, 25.06.17

Segundo nos informa hoje o Público num artigo absolutamente isento e imparcial, e que nada tem de propaganda, Fernando Medina é o novo "menino de ouro" do PS, que agora vai mostrar o que vale nas eleições autárquicas. O PS adora meninos de ouro, sendo que o último que me lembro que teve esse qualificativo foi o nosso querido José Sócrates, que atirou o país para a bancarrota. Mas este menino de ouro não precisa nada de provar o que vale em eleições, pois já demonstrou o que vale na Câmara: lançamento de taxas inconstitucionais, até na opinião do Provedor de Justiça e do insuspeito Vital Moreira; obras intermináveis, quedas de viadutos e de gruas, que deixam o trânsito num caos, etc, etc. Se o centro-direita tivesse tido a inteligência de arranjar candidaturas minimamente consistentes este menino de ouro, na verdade com muita lata, iria mas é pregar para outra freguesia. Assim, é bem provável que a vida dos lisboetas continue a ser o inferno em que ele a quis tornar.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 11:22

Zangas de comadres.

Sexta-feira, 05.05.17

Não me espantou nada o apoio do PS a Rui Moreira na Câmara do Porto, uma vez que sempre me pareceu evidente que Rui Moreira estava a fazer no Porto uma gestão integralmente socialista. O que sempre estranhei foi que o CDS continuasse a apoiá-lo. Encarei por isso com muita naturalidade o facto de Ana Catarina Mendes dizer que a vitória de Rui Moreira no Porto será a vitória do PS. Isso é evidente para qualquer observador minimamente atento. Azeredo Lopes e Matos Fernandes, respectivamente chefe de gabinete do presidente da câmara do Porto e presidente das Águas do Porto na gestão de Rui Moreira, não são hoje ministros de António Costa?

 

Mas Rui Moreira, pelos vistos tem um ego do tamanho do mundo, pelo que acha que a vitória será exclusivamente sua e decidiu agora rejeitar o apoio do PS, embora estranhamente não tenha reclamado a restituição dos seus ministros a António Costa. Pelo caminho poderia igualmente rejeitar o apoio do CDS que nunca lhe fez falta alguma na gestão da Câmara.

 

Isto só demonstra que os partidos erram profundamente quando apoiam candidaturas pretensamente independentes. Se não têm nenhum militante para apresentar como candidato, mais vale irem pastar para outras paragens. E sinceramente um independente, que consegue simultaneamente receber o apoio do PS e do CDS é alguém que eu não quereria a gerir a minha cidade. Felizmente que não moro no Porto. Alguém nesta história andará seguramente enganado. Em qualquer caso os eleitores bem podiam ser poupados a estas zangas de comadres.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 16:13

O novo PREC do PS.

Sábado, 24.10.15

 

 PS promete "muralha de aço" erguida até segunda-feira. Lá no PS vão então todos começar a trautear esta música, agora integralmente dedicada ao camarada Costa.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 09:01

Em pratos limpos.

Sexta-feira, 23.10.15

Já considerei aqui que Cavaco tinha dado desnecessariamente a mão a António Costa quando apelou à formação de um governo maioritário, obrigando a coligação a fazer negociações com um PS que, com esta liderança, deixou de ser um partido credível. Se não o tivesse feito, nunca teríamos assistido a estas cenas ridículas de uma peça encenada, a fingir que não se conseguia progredir com a coligação, mas que se conseguia progredir com o PCP e o BE, que já tinham abandonado posições radicais e dado as mãos para formar um governo que iria respeitar a união europeia, o euro, o tratado orçamental e o pacto de estabilidade e crescimento. É evidente que nada disto era possível e Costa apresentou-se em Belém com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Nenhum dos outros partidos aceitou ir para o governo e a única coisa que António Costa conseguiu foi um compromisso de os outros partidos darem apoio parlamentar a um governo do PS, depois de chumbarem o governo da coligação.

 

Isto é precisamente a coligação negativa que António Costa tinha rejeitado na noite eleitoral, sendo certo que esse governo do PS cairia no momento em que propusesse a sua primeira medida de austeridade. Um político responsável nunca sujeitaria o país a um risco desses, mas António Costa parece julgar que ainda está a disputar eleições para a Associação Académica da Faculdade de Direito, querendo formar um governo em joguinhos infantis.

 

Na comunicação de ontem Cavaco Silva demonstrou-lhe, no entanto, que não vai pactuar com esses joguinhos e pôs tudo em pratos limpos. Não só indigitou Passos Coelho como primeiro-ministro, como avisou expressamente que não daria posse a um governo de esquerda. Por muito que se diga o contrário, no nosso sistema político o Presidente da República tem esse poder e está farto de o exercer. Eanes já rejeitou o governo Vítor Crespo e Soares o governo Vítor Constâncio, tendo ambos maioria no parlamento, sendo que a única vez em que o Presidente aceitou um governo que não tinha saído das eleições foi com Santana Lopes, e tanto se arrependeu de o ter feito, que seis meses depois estava a dissolver o parlamento. 

 

É claro que se pode contrapor que neste momento o Presidente não pode dissolver o parlamento, mas isso não o obriga a aceitar um governo que entende não ser credível, podendo manter perfeitamente em funções de gestão o governo anterior até que o novo Presidente recupere esses poderes. Neste quadro, bem podem PS, BE e PCP andar a berrar aos quatro ventos que têm um governo de maioria na assembleia, e rejeitar o governo nomeado, uma vez que só formam governo se o Presidente assim decidir. E, ao contrário do que diz Vital Moreira, na nossa história constitucional um governo de gestão já fez aprovar um orçamento no parlamento. Foi o que aconteceu quando Eanes recusou o governo de Vítor Crespo, após a demissão do governo de Balsemão, tendo dito na altura que iria aguardar que o parlamento aprovasse o orçamento antes de o dissolver, como efectivamente ocorreu. 

 

A saída mais provável disto é assim novas eleições a partir de 4 de Abril. O que me pergunto, no entanto, é o que leva o PS a insistir nesta deriva suicidária, sabendo que chegará esfrangalhado a essas eleições. O novo PS aparecerá aos eleitores como um partido de perdedores ressabiados, que terá como única bandeira constituir um governo de frente popular, baseado num acordo parlamentar risível, que não lhe dará um único voto ao centro, nem sequer o voto útil da esquerda. Irá o PS seguir António Costa nesta sua proposta de suicídio colectivo do partido? É o que iremos ver.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 07:31

Como se forma um governo (1).

Quinta-feira, 22.10.15

O Bloco de Esquerda revela quatros dos temas sobre os quais chegou a acordo com PS e PCP, para a formação de um governo estável: aborto, adopção, exames do primeiro ciclo e a entrega de hospitais às misericórdias. Numa sessão pública do partido, ontem à noite, Catarina Martins revelou ainda que vai contestar o tratado orçamental e que se fosse governo nacionalizava as empresas que foram privatizadas.

 

Parece assim que as reuniões técnicas entre o PS e o Bloco de Esquerda chegaram a bom porto e temos finalmente um acordo de governo. Calculo que esse acordo deve estar expresso nos cadernos e nos papéis que se vêem em cima da mesa e que demonstram que houve um trabalho exaustivo de muitas horas, que levou a que tudo tivesse sido discutido e acordado ao pormenor, como se vê pelo brilhante resultado alcançado.

 

Havendo acordo sobre o aborto, a adopção, os exames do primeiro ciclo, e a entrega de hopitais às misericórdias estão obviamente preenchidas todas as condições para que o governo possa imediatamente tomar posse e governar em paz e estabilidade durante quatro anos. Quanto ao tratado orçamental e à nacionalização das empresas privatizadas, são obviamente questões menores, a discutir futuramente em sede de conselho de ministros, quando o Bloco de Esquerda apresentar as suas propostas. Relativamente ao euro e aos limites do défice e da dívida, trata-se de assuntos que nem sequer merecem qualquer discussão. O importante é acabar rapidamente com a austeridade, que tem destruído o país, e irá naturalmente surgir o orçamento expansionista, que todos desejam.

 

De facto, com tão magnífico acordo de governo, para que é que Cavaco Silva há-de indigitar Passos Coelho primeiro-ministro? É uma verdadeira perda de tempo, quando o país está impaciente para que comece o espectáculo anunciado. Venha o governo estável da maioria de esquerda e depressa. Parece-me que ainda nos vamos divertir muito com ele. 

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publicado por Luís Menezes Leitão às 07:08

Obviamente, demita-se!

Segunda-feira, 05.10.15

António Costa parece ser o único que ainda não percebeu que a sua posição no PS se tornou absolutamente insustentável, depois da derrota de ontem. Efectivamente, numa noite em que, do PAF ao PAN, passando pelo BE e pela CDU, todos tiveram motivos para festejar, o PS foi o único derrotado da noite, tendo tido uma derrota colossal. António Costa deixou o partido totalmente estilhaçado e a claque que levou ao Altis para gritar "Costa! Costa!" não consegue iludir o estado calamitoso em que o PS se encontra no dia seguinte.

 

Tudo isto se deve à enorme irresponsabilidade de António Costa. Em primeiro lugar, António Costa nunca deveria ter derrubado António José Seguro, que estava a conseguir levar a água ao seu moinho, com duas sucessivas vitórias nas autárquicas e europeias. Só o fez porque Seguro não iria permitir a candidatura presidencial de José Sócrates, o que levou os socráticos a empurrar Costa para o derrubar. Era óbvio que estava tudo preparado para que Sócrates fosse ao congresso que aclamou Costa, onde seria entronizado candidato presidencial do PS.

 

Só que Sócrates foi preso na véspera, o que deixou António Costa sem candidato presidencial. António Costa não hesitou então em abandonar Sócrates à sua sorte e preferiu então apostar em Sampaio da Nóvoa como candidato, o que já demonstrava a radicalização do PS à esquerda, que sucessivas promessas de reverter todas as reformas do governo cada vez mais acentuavam. Com isto o eleitorado do centro, que tinha sido recuperado por Seguro, ia-se afastando sucessivamente do PS.

 

António Costa resolveu então guinar à direita, mas sem grande convicção. Para isso encomendou um programa a um grupo de economistas liberais, que pudesse funcionar como indicação do aval dos especialistas às propostas do PS. Só que foi ficando evidente em sucessivas entrevistas e debates, que António Costa nada percebia do programa, respondendo sempre com grande irritação às questões que sobre o mesmo lhe colocavam. Na entrevista a Vítor Gonçalves só faltou ameaçar espetar o programa na cara de quem duvidasse do que lá estava.

 

Como o eleitorado do centro manifestamente não aderia, António Costa voltou a guinar à esquerda. Proclamou o seu ódio eterno à "coligação de direita", ameaçando que não a deixaria governar, rejeitando o orçamento, ou formando mesmo um governo com os partidos da extrema esquerda. Obviamente estes agradeciam o favor, uma vez que, com a promessa desse governo, qualquer apelo ao voto útil da esquerda no PS deixava de fazer sentido. O eleitorado do centro é que cada vez se deslocava mais para a coligação, vendo com terror absoluto a hipótese de um governo chefiado por António Costa com Jerónimo de Sousa e Catarina Martins como vice-primeiros-ministros.

 

Perante este desastre, que todas as sondagens evidenciavam (e, diga-se de passagem, nem seria preciso nenhuma para o perceber) António Costa resolveu apelar à maioria absoluta (!!!) e ao voto útil, chegando o PS a proclamar que um voto na extrema-esquerda era um voto na coligação. Era difícil ter chegado mais longe no delírio político.

 

Na noite eleitoral, a extrema-esquerda cobrou a Costa as promessas da campanha, exigindo-lhe que os acompanhasse na votação de uma moção de rejeição ao programa do governo. Costa percebeu a armadilha em que se tinha deixado cair e deu o dito por não dito, dizendo agora que não alinhava em maiorias negativas e que o PS afinal era um partido responsável. Se tivesse dito isso na campanha, provavelmente não teria perdido tantos eleitores do centro e talvez tivesse conseguido algum voto útil à esquerda.

 

Depois deste absoluto desastre, António Costa aparece a proclamar: "Manifestamente não me demito!". Pois eu acho que o que no PS lhe deveriam dizer, parafraseando uma frase histórica era: "Obviamente, demita-se". Será que, tirando a claque que esteve ontem no Altis, alguém no PS duvida de que esta é a única solução aceitável?

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publicado por Luís Menezes Leitão às 09:04





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