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A habitual doutrina inglesa.

Sexta-feira, 04.06.21

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"We have no eternal allies, and we have no perpetual enemies. Our interests are eternal and perpetual, and those interests it is our duty to follow", Lord Palmerston, Primeiro-Ministro Inglês, discurso no Parlamento a 1 de Março de 1848. Passados 173 anos, a doutrina Palmerston permanece actual.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 09:46

Jogar e perder.

Sexta-feira, 09.06.17

Não há jogadas seguras em política. Uma eleição nunca está garantida, pois depende de factores imprevisíveis, como na teoria do caos em que a borboleta que bate as asas em Pequim provoca um temporal em Nova Iorque.

 

Theresa May, perante as dificuldades políticas do Labour de Jeremy Corbyn, julgou que poderia calmamente convocar eleições, e ter uma maioria que lhe garantisse um mandato forte para as negociações de um "hard Brexit". Mas a verdade é que não se pode vender a pele do urso antes de o ter morto, e Corbyn revelou-se um osso muito duro de roer na campanha, apostando em cumprir o slogan que imediatamente surgiu: "Let's make June the end of May". Por outro lado, Theresa May mostrou uma absoluta incompetência política, ameaçando os ingleses com mais impostos, como o "imposto sobre a demência", a fazer lembrar o poll tax que precisamente deitou abaixo Thatcher. Desde Mondale que se sabe que em eleições não se anunciam novos impostos e ponto final.

 

E agora? Dificilmente May continuará a liderar o governo, e mesmo que os conservadores continuem no poder, o Brexit pode tornar-se tão soft que ninguém dê por ele. E nem é de excluir a hipótese de Corbyn conseguir imitar António Costa e montar uma geringonça no Reino Unido, para fazer também as reversões prometidas, como a renacionalização dos transportes. Aconteça o que acontecer, o Reino Unido está metido num grande sarilho. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 06:32

O cavalo de Tróia britânico.

Quinta-feira, 23.06.11

 

Não me espanta nada esta notícia, de que o Reino Unido quer a bancarrota da Grécia e exige que esta abandone o euro. Numa reunião internacional um colega britânico disse-me que a eventual eleição de Christine Lagarde para o FMI seria péssima pois ela iria defender o euro, o que no Reino Unido ninguém queria. De facto, já a Senhora Thatcher tinha dito que a Europa só teria uma moeda única no momento em que o Parlamento Britânico desaparecesse. Razão tinha o General de Gaulle que dizia que os ingleses só queriam entrar na Comunidade para melhor a destruir e que ele se oporia sempre à entrada do cavalo de Tróia britânico na cidadela comunitária. Efectivamente, desde que entrou, a posição do Reino Unido tem sido sempre a de estar apenas com um pé na União Europeia e com outro fora, exigindo um opt-out em relação a uma série de matérias e, no tempo da senhora Thatcher, até a devolução das suas contribuições para a União Europeia (o famoso cheque britânico). Agora recusa-se a participar no resgate de outro Estado europeu, apelando antes a que este decrete a bancarrota. Que grande solidariedade europeia a de um Estado-Membro que apela à bancarrota de outro Estado-Membro! Com amigos assim quem precisa de inimigos.

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publicado por Luís Menezes Leitão às 09:44





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